A Procuradoria Geral e a Secretaria de Estado da Educação do Estado do Rio Grande do Sul que compõem o GT instituído pelo Decreto nº 50725/2013 para elaborar o Plano Estadual das Diretrizes Curriculares Nacionias para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino das Histórias e das Culturas Afro-brasileiras e Indígenas, realizaram no dia 13 de maio o Primeiro Seminário Ampliado nas dependências do IFRS. Na atividade estavam presentes Secretarias e Conselhos integrantes do Decreto , Organizações do Movimento Social, IES, Ministério Público, Prefeituras da Região Metropolitana, Representantes dos níveis e modalidades de ensino da SEDUC.
O professor Claudio que representou a Direção do IFRS Campus Porto Alegre abriu dando as boas vindas ao público presente.
Na abertura do Seminário os membros do Decreto foram empossados, O GT formado por representantes titulares e suplentes designados por ato do Governador do Estado são:
I - Secretaria da Educação;
II - Procuradoria Geral do Estado\ Comissão de Direitos Humanos;
III - Secretaria de Saúde\ Coordenadoria da Saúde da População Negra;
IV - Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos\ Coordenadora de Combate ao Racismo;
V - Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres;
VI - Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra - CODENE ;
VII - Conselho Estadual dos Povos Indígenas - CEPI
VIII - Conselho Estadual de Educação; e
IX - Comitê Estadual do Povo Terreiro;
A Professora Petronilha ministrou
uma palestra com orientações para a elaboração do plano, onde contextualizou historicamente os caminhos e lutas que foram
traçados até chegar a Legislação Antirracista e assessorou os grupos de trabalho.
"Hoje, já não é mais
possível desconhecer a diversidade de corpos que constituem a sociedade
brasileira.
Por isso, a história e a cultura dos povos que constituem a nação brasileira são instrumento de promoção de combate a preconceitos e a discriminação, podem promover a igualdade racial (Plano Nacional de Implementação das Leis nº 10639/2003 e 11645/2008)" diz a professora que também
falou sobre os desafios que devem ser considerados ao planejar a implantação do plano estadual de política curricular de educação das relações étnico-raciais:
Por isso, a história e a cultura dos povos que constituem a nação brasileira são instrumento de promoção de combate a preconceitos e a discriminação, podem promover a igualdade racial (Plano Nacional de Implementação das Leis nº 10639/2003 e 11645/2008)" diz a professora que também
falou sobre os desafios que devem ser considerados ao planejar a implantação do plano estadual de política curricular de educação das relações étnico-raciais:
-o racismo
institucional;
-a
diversidade de modos de ser, pensar, construir conhecimentos, conduzir a
vida presentes na sociedade e nos estabelecimentos de ensino;
-o
entendimento de que haveria um ser humano universal, modelado
com base em concepções eurocentristas.
Com o objetivo de provocar a discussão e sensibilizar todos os envolvidos com o plano ela ainda argumenta através dos seguintes questionamentos: "Sou cega, sou cego ao pertencimento étnico-racial dos outros? Ao meu pertencimento étnico-racial? Por quê?" Professora Petronilha sustenta que tais indagações são necessárias, "uma vez que indígenas, negros, pessoas empobrecidas, entre outros - até então postos a margem -, estão abrindo espaços intelectuais nas escolas, nas universidades, nos campos de pesquisa, nos debates políticos."
Com o objetivo de provocar a discussão e sensibilizar todos os envolvidos com o plano ela ainda argumenta através dos seguintes questionamentos: "Sou cega, sou cego ao pertencimento étnico-racial dos outros? Ao meu pertencimento étnico-racial? Por quê?" Professora Petronilha sustenta que tais indagações são necessárias, "uma vez que indígenas, negros, pessoas empobrecidas, entre outros - até então postos a margem -, estão abrindo espaços intelectuais nas escolas, nas universidades, nos campos de pesquisa, nos debates políticos."
Em seguida o Cacique Verá Potã abre sua fala, ressaltando o quanto é importante pesquisar a nós mesmos mas olhando para o coletivo e considerando a diversidade. O Cacique professor considera ainda a importancia de se reaprender o que são os povos indígenas, pois ele ainda não vê nas escolas esse entendimento. Sustenta ainda que todos devem estudar a história indígena mas sem perder de vista o cotidiano e a atualidade, pois ainda se tem uma ideia distorcida sobre os índios. Assim como os não índios, os indígenas não pararam no tempo e nem se desvincularam de sua cultura.